domingo, 20 de novembro de 2011

Criadores:


Rafael da Silva  Oliveira
Thaiana Ribeiro Lopes


INTRODUÇÃO
     
      A população brasileira está cada vez mais se habituando a ter uma alimentação carregada de calorias e poucos nutrientes, os fatores que levam a esse comportamento normalmente são: falta de tempo e dinheiro, opção de estabelecimentos confiáveis e acessíveis, por conta de uma rotina continuamente acelerada e o aumento do preço dos produtos. A questão aqui levantada foi: porque as crianças também estão com esse comportamento alimentar? E como a escola pode colaborar para uma educação alimentar mais saudável?Considerando a proposta dos Temas Transversais que têm como objetivo fazer uma integração entre a escola e a comunidade em que está inserida, através de assuntos importantes na atualidade como: Meio Ambiente, Saúde, Pluralidade Cultural, Ética e Orientação Sexual, abordando o tema Saúde foi possível elaborar um projeto que poderia amenizar o impacto de uma infância com maus hábitos alimentares e suas conseqüências para a vida adulta. O projeto a ser desenvolvido será direcionado para as crianças do ensino fundamental.

Objetivo




    Você já ouviu essa frase: “Você é o que você come!” ?
    Em meio a discussões sobre saúde alimentar, surgiram algumas questões que foram relevantes para a escolha do tema proposto.
    Analisando o campo da saúde, foi possível identificar que uma série de doenças está relacionada diretamente aos hábitos alimentares. Entre as mais comuns estão: desnutrição, obesidade, taxas altas de colesterol ou glicose, entre outras mais conhecidas por distúrbios psicológicos que não serão tratadas neste espaço, porém precisam ser citadas por conta de sua gravidade e alta ocorrência atualmente, entre as mais comuns estão a bulimia e a anorexia.
    Recentemente o Ministério da Saúde divulgou os resultados de uma pesquisa que revela um quadro negativo quanto à saúde dos brasileiros. Nos últimos anos a taxa de obesidade teve um grande crescimento. Junto a esse fator, o número de pessoas que estão acima do peso também cresceu acentuadamente. Por isso, cada vez mais as pessoas estão procurando métodos milagrosos de emagrecimento que na maioria das vezes não oferecem segurança para a saúde.
   Com o aumento de renda da população, o acesso aos alimentos tornou-se menos complicado, porém a falta de conscientização na escolha desses alimentos predomina e coopera com esses dados negativos.
   Buscando um meio de trabalhar a proposta dos Temas Tranversais problematizamos o tema Saúde  escolhendo a área Alimentar e observamos que na escola temos um vasto campo para atuação, a começar pelos professores, profissionais da educação, alunos e respectivamente os pais, envolvendo assim toda comunidade. Conseguintemente chegamos ao ponto que nos levou a escolha do tema Saúde Alimentar desde a infância. Esse nome foi intitulado porque as pessoas costumam se preocupar com esse assunto depois de adultos, quando já estão ocasionados por algumas das conseqüências de anos de uma alimentação descuidada. A proposta dos Temas Transversais oferece pleno apoio para o desenvolvimento de idéias capazes de se organizarem em favor de um projeto que possa oferecer um caminho para tratar esse assunto de uma forma mais interativa entre a escola e a comunidade ao seu redor.
  
Desenvolvendo o Projeto


     No âmbito da alimentação escolar encontramos uma referencia quanto à organização e gerenciamento da merenda distribuída. Existe um órgão do governo especializado em alimentação para atender as necessidades das escolas. Tal órgão, representado pelas siglas DSE (que significa Departamento de Suprimentos Escolares), possui um grupo de profissionais que cooperam desde a seleção dos alimentos, até o modo em que devem ser preparados e distribuídos. Podemos destacar:
- Gerenciamento: administra as verbas destinadas à merenda, contrata empresas do ramo alimentício por meio de licitações, organiza as equipes de nutrição, fiscalização e distribuição da merenda;
- Fiscalização: é composta por profissionais qualificados no campo da alimentação, dentre eles os nutricionistas. Esse departamento é responsável pela qualidade na seleção dos alimentos, dos utensílios que serão utilizados para o preparo dos mesmos, em fiscalizar se as escolas estão cumprindo as determinações quanto ao cronograma nutricional, ao uso dos equipamentos, higiene na cozinha, controle de estoque e outros fatores.
   Quanto à escolha do cardápio: após uma seleção rigorosa, os nutricionistas organizam como serão preparados e distribuídos os alimentos. Pensando sempre numa dieta balanceada, os nutricionistas fazem a variação do cardápio todos os dias, escalando os alimentos que devem ser utilizados nos dias específicos. Um cronograma mensal é enviado às escolas com o cardápio pronto, juntamente o modo de preparo e o número de porções que cada receita rende. Esse último parágrafo é o mais interessante.
Esse órgão visa a qualidade das refeições ofertadas aos alunos assim como notamos no site da instituição “...Assegurar aos alunos, condições nutricionais que propiciem a eficiência escolar e o bem-estar físico durante o período diário de freqüência na escola...”
   Esse sistema tem se mostrado muito eficiente porque as crianças desenvolvem a apreciação por alimentos saudáveis e aprendem a maneira correta de se alimentar. Essas informações podem também ajudar o cotidiano dos responsáveis, muitos apresentam dificuldade de saber como lidar, por exemplo, com crianças inapetentes ou ansiosas demais por comida. Autoritarismo e superproteção já foram descartados como forma adequada de agir diante dessas situações. Não é necessário fazer um levantamento sobre o porquê dessa conclusão vamos seguir a lógica: quando crescerem vão fazer tudo o que não podiam quando criança, simplesmente porque não aprenderam qual a importância de tais imposições, portanto nesse espaço vamos discutir uma forma de conscientizar os pequenos para uma vida com qualidade alimentar. Depois de pesquisas sobre saúde alimentar elaboramos questões relevantes e freqüentes.O projeto inicial foi fazer um levantamento com a comunidade do bairro Jabaquara de uma forma descontraída com abordagem na rua, nas casas, na frente das escolas , porque descontraída?Não foram feitas respostas padrões para que concordassem ou não e sim buscamos anotar o que já conheciam sobre o assunto. Várias perguntas sobre saúde alimentar foram feitas durante alguns dias , para sintetizar o que popularmente já é consciente, através de um resumo das respostas esperamos possibilitar a quem interessar uma base de conhecimento sobre o assunto.Agora só falta levar de volta para a escola e chamar a comunidade para repassar o resultado ( e debater tudo novamente...).

Entendendo alguns valores


Como diz o ditado: “ De médico e louco ,cada qual tem um pouco”  todos acham que entendem de comida afinal o importante é não passar fome.É preciso levar em consideração os recursos alimentares existentes,as temperaturas , a forma como essa ou aquela sociedade consomem tal alimento,obedecendo mitos,ritos e tradições.Esses fatores fazem surgir grupos bem nutridos e outros carentes de nutrição.Não vamos tentar estabelecer de forma alguma uma verdade indiscutível  sobre bons hábitos alimentares, apenas vamos utilizar informações coletadas para fazer um levantamento resumido do que poderia ser útil trabalhar em um projeto voltado para a proposta dos temas transversais : inserir na escola um assunto relevante para a sociedade mesmo que não faça parte do currículo escolar obrigatório.     
 
Perguntas frequentes respostas gerais:

É necessário  respeitar as preferências das crianças por outros alimentos? 

Sim, tentando substituir essas preferências por equivalentes nutritivos.









 Como familiarizar a criança com novos alimentos?
Acrescentando as novas opções gradativamente.

A cor e sabor dos alimentos ou a forma como são preparados possuem influência na aceitação ou recusa dos alimentos pela criança?

Sim.A criança possui a capacidade de julgamento desde muito nova e isso deve ser observado para proporcionar uma experiência agradável com o novo cardápio.

Como a criança responde a introdução de alimentos novos?

Pode ser que não aceite de início, porém posteriormente adquira gosto por eles, é necessário não forçar e sempre que possível tentar novamente.
Por que as crianças preferem doces?

Primeiramente porque o leite materno é adocicado, segundo porque a queima de energia é mais rápida e o organismo acaba pedindo para ingerir doces




 Qual o risco em alimentar essa preferência por alimentos doces?

A rejeição automática por comida com sal, porque o paladar fica viciado e     depois de algum tempo pode alterar o funcionamento do metabolismo, engordando ou até mesmo desenvolvendo doenças sérias como a diabete.


Como evitar alimentos industrializados com a falta de tempo em preparar os naturais?
  
Entre os alimentos industrializados existem algumas marcas que oferecem uma qualidade satisfatória dos benefícios das fontes naturais, os alimentos que mais usamos e podem atender a esse quesito geralmente são: biscoitos, farinhas, gelatinas, geléias e sucos.

 Qual o melhor meio de fazer a criança aceitar bem os alimentos?

Definir horário para as refeições é a melhor opção, cuidando sempre que possível  para que não esteja se alimentando inadequadamente nos intervalos (não esquecer que criança tem o metabolismo mais rápido) e pode estar com fome antes do adulto.

É muito importante valorizar o local e momento da refeição?

Estabelecer um local apropriado e reunir a família sempre que possível ao redor da mesa é fundamental para um momento de intimidade familiar e afasta consideravelmente o hábito de comer automaticamente sem perceber o que e quanto está sendo consumido.

 Os alimentos precisam ser mascarados para enganar a criança?


Nunca. A educação depende de reconhecer o que está sendo ensinado, portanto, a criança precisa conhecer os alimentos.

 Fazer brincadeiras ou recompensas por comer o que está sendo oferecido funciona? 
Aparentemente sim, porém fará com que peça sempre mais e não verá que é fundamental e importante para toda sua boa saúde e crescimento.

 A falta de apetite por alimentos saudáveis é um problema grave?


Sim. Pode haver rejeição de alguns, mas frequentemente pode representar algum problema no metabolismo ou emocional, a abordagem agressiva ou muito repetitiva pode causar rancor, raiva e desgosto por comer.
  A quantidade de alimentos ingeridos garante um bom desenvolvimento?

Não necessariamente, porque há crianças com necessidades diferentes , que se desenvolvem bem com bem menos alimentos do que o indicado para sua idade,enquanto outras precisam do dobro para a mesma idade.

 Quais os riscos que uma criança pode ter por ser mal alimentada?

Em primeiro lugar vem a desnutrição ou obesidade, posteriormente isso pode prejudicar gravemente o desenvolvimento do cérebro e seu desempenho surgem também tendência para uma série de doenças.

 O adulto pode determinar quanto deve ser consumido?

Deve oferecer uma quantidade que seja adequada à criança, porém considerando o que pede seu apetite também sempre com bom senso.

Como os responsáveis  influenciam nas refeições familiares?

É importante que estejam de acordo em tudo ou caso tenham oposições que discutam isso reservadamente. A criança pode tomar partido de um dos lados ou rejeitar totalmente  as opções por estar confusa.

O número de crianças em um lar prejudica o padrão alimentar?

É preciso muita atenção e força de vontade porque é difícil atender adequadamente as necessidades individuais, além das preferências.
Como ensinar a alimentar-se corretamente na mesa?

É melhor pelo exemplo que pela repressão, portanto é necessário sentar-se a mesa e ensinar a mastigar, cortar, segurar os talheres fazendo também.

Quais hábitos são mais importantes passar para criança?

Respeitar os horários das refeições, lavar as mãos antes e escovar os dentes depois, assim ela terá isso como um costume duradouro que evitará
uma série de doenças.

A criança deve aprender a compartilhar seus alimentos?

As crianças já possuem essa qualidade, explorar isso é saudável, assim como toda sua potencialidade de aprender e reconhecimento por estar sendo bem cuidada.Criança sabe quando uma atenção está sendo empregada por amor e aprender a dividir faz parte.







Fontes bibliográficas:

Livro: Alimentar a Criança - o desafio do dia -a-dia
Autores: Alba de Andrade Falcão
              Lisolette Hoeschl Ornelas
              Maria da Luz Fernandes
Editora : Atheneu Editora São Paulo 1º edição



Fonte web sites:

http://www.google.com.br/search?tbm=isch&hl=pt-BR&source=hp&biw=1024&bih=587&q=crian%C3%A7as+comendo&gbv=2&oq=crian%C3%A7as+comendo&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=e&gs_upl=315297l318625l0l319235l16l10l0l0l0l0l0l0ll0l0